sexta-feira, 6 de março de 2009

Escarafunchar no Futuro (Parte 2)


O tempo anda a andar mais depressa
ou é só impressão minha?


Em que medida é que essa (esta) urbanização da(s) cultura(s) e das relações sociais poderão definir e caracterizar o futuro?

Penso que no essencial, vão nascendo novas culturas (urbanas) formadas da síntese de partes cirurgicamente seleccionadas das culturas trazidas pelas comunidades migrantes.
Através de um processo darwiniano de evolução natural, livre e aberto à mudança, carrasco sem misericórdia do inútil e extremamente atento e despreconceituoso no relacionamento com o novo conquanto seja útil, independentemente da sua origem social ou geográfica.
É assim a cultura urbana:
Jovem, desinibida e metamorfótica.
Rápida, pragmática e avessa a nostalgias do passado.
Dando-se pouco tempo a tudo, incluindo a reflexões, ponderações e decisões.
A velocidade é a referencia de calculo de valor que define o preço de tudo.

Escusado será referir que o paradigma da maior e mais cosmopolita das cidades (mais que Nova Iorque) é a Internet!

A unidade de tempo desmultiplica-se e desvaloriza-se apelando a alterações da dimensão de medida, capazes de actualizar os seus valores de referencia desgastados pelo poder repetido da inflação do valor do tempo.
Tanto ou mais que o dólar do Zimbabué e exigindo maior celeridade que a operada na substituição do rei pelo escudo e deste pelo euro.
As estruturas organizacionais convencionais não denotam reflexos capazes de observar, menos de perceber,
menos ainda de reagir.
Respondem dessincronizadamente ao tempo da pergunta, do apelo, da necessidade, do estimulo.
Recusam-se a admiti-lo. Encerram-se no que compreendem. Em si mesmas.

O mundo vive um conflito entre poderes e realidades, desfasados no tempo, habitando espaços autónomos, sem canais de inter-relação efectiva.
Cada um deles (poder e realidade) desenha e constrói uma simulação do outro só o suficientemente credível para poder viver sem o desconforto de pensar que lhe desconhece a existência.

(continua)
(a não ser que o mundo, has we know it, acabe entretanto)

99 comentários:

Cris_do_Brasil disse...

Quando queremos, o tempo nao voa.

Comentei tb no seu Meme...
Obrigada pela visitinha.

ze disse...

É isso,
O tempo não obedece à nossa vontade,
Mas o post pretendia descrever que a nossa (humanos) relação com o tempo está a mudar.
Está a acelerar.
Valorizamos mais as coisas pelo tempo de as consumar, do que por si mesmas.
E vai acelerar mais, no futuro! :)

Obrigado pela visita e volte sempre

Arábica disse...

Zé,

ainda que continue, para já, deixo aqui os parabéns, por esta tua análise realista, profunda e clara.

beijos e um bom domingo.

ze disse...

Arábica,

Fiquei contente por teres achado a minha “análise” clara.
Depois de a escrever fiquei com a sensação de não estar muito.

Claro que continua! Esta tema (título) dá para escrever sobre qualquer assunto, sobre tudo o que me vier à cabeça.
Nem tenho que inventar outro! :)
Obrigado pela visita.
Beijos.

Arábica disse...

Tomar conhecimento de, não exige compreensão sobre. E assim as realidades e os poderes vão coexistindo.
Desde que se não toquem, desde que não exista choque entre eles.

"Tomar conhecimento de" é rápido.

Ter em nós dados suficientes para a construção da compreensão sobre, demora tempo. E o tempo voa. Não é?


Beijos

Anónimo disse...

http://offtherecordblog.blogspot.com/search/label/Nine%20Horses

http://www.sonyclassics.com/synecdocheny/site/

ze disse...

Arábica,

Eu estava a tentar referir a indiferença, desinteresse (a conhecer, perceber) que os poderes convencionais (tidos como tal) dedicam à(s) realidades sob as quais supostamente reinam, supostamente legislam, supostamente orientam, sei lá mais o quê.
Mas a sua essência não lhe permite que o façam de facto.
Têm um mundo em si já muito exigente e atarefado.
Escolher deputados, dizer graças de salão, coordenar relacionamentos com tv e jornais e mais o resto.
Então, disfarcemos que o rei não tem reino e construamos um faz de conta.
Senhores deputados recém chegados das jotas, façam o favor de brincar com o twitter e de se pronunciarem sobre as drogas leves, senhores deputados históricos mostrem as barbas na televisão por cabo que tá na altura de inventar um referendo para dizer que somos de esquerda e que ainda há temas fracturantes, nem que seja os que haviam, nem toda a gente morreu ainda e os que votam são os mesmos, o que é que interessa os outros, se lá não vão é porque estão bem, não há de ser por falta de partidos nem de assembleias de voto.
Voto em branco ninguém sabe o que é e ainda bem ( deixa estar) e abstenção, o que é que vamos fazer se temos um país de praia ou então faz frio.
E toca de inventar Magalhães, que claro que sabemos que há a internet, ou lá o que isso é.

Do outro lado,
Da(s) realidades, das vidas das pessoas, de como passam o tempo,
Num bairro de Chelas, numa aldeia entre duas serras com oito residentes, numa rede social na internet,

Também se mostram indiferentes e desinteressados a “isso” que só aparece para cobrar impostos,
Fazem a sua vida, condescendentes, é lá com eles!
Se não nos meter-mos com eles talvez também nos chateiem menos (o que é verdade).
E constróem poderes de substituição, que até as anarquias os têm, por rudimentares que sejam.

ze disse...

Rosa,

Eu sei que tens muita musica que vale a pena conhecer ou revisitar nos teus posts antigos, mas na sua maior parte já não está disponível para ouvir, talvez por isso tenha desistido de lá ir à procura.

A banda sonora do Synecdoche é lindíssima!
Gostava de não perder o filme.

Obrigado pelo link, nunca lá teria chegado sozinho, nem por um caso.
Sou trengo.

Beijos

ze disse...

Arábica,

Ainda faltou explicar melhor o que queria dizer com o “tempo anda a andar mais depressa”
É uma expressão de relatividade, como dizer “que o tempo voa” ou o tempo “não anda”.
Na realidade, o tempo é exacto e matemático.
Um dia são vinte e quatro horas hoje, como à mil anos atrás.

Parece que voa na mente entusiasmada, satisfeita com o presente; parece que pára na mente deprimida, insatisfeita.
Mas são ilusões como a do sol se mover.

O tempo parece estar mais cada vez mais rápido (acelerado), em função do número de acontecimentos e mudanças que se verificam por cada unidade de tempo.
A fotografia (lida da esquerda para a direita) pareceu-me que fosse auxiliar dessa ideia.
De progressão geométrica: 2, 4, 8, 16 ou 16 8, 4, 2.

Mais coisas por unidade de tempo, muda o relacionamento com tudo.
Nada mais esclarecedor que observar a inter- acção com a envolvente de miúdos de seis, sete anos.

A analogia com a perda de funcionalidade da moeda exposta a anos de inflação, tentou ser ilustrativo da mudança de relacionamento com o tempo.
“Amanhã dás-me isso feito” passou a ser “daqui a meia hora quero isso pronto”;
“um mês sem receber resposta à minha carta” passou a ser “à cinco minutos que lhe mandei um sms”
“bodas de ouro é uma vida”- “três anos é uma eternidade”;
“depois de assentares, arranjares casa e trabalho, escreve à família” passou a ser “quando chegares à América manda um mail”

Afinal não tinha sido tão claro como pensaste inicialmente, não achas ?
Beijos

ze disse...

Rosa,

E sou de tal forma trengo que nem consegui perceber quem toca (e canta).

Eu acho que só quando ouço piano é que fico verdadeiramente invejoso,
De querer tanto saber tocar e não saber.
Fico mesmo complexado. Insatisfeito com a vida.
Com certezas que teria uma vida plena com um piano em casa.
Que não haveria nada que eu não conseguisse superar.
Poderes de super-herói ao alcance de pessoas.

E o pior é que é superior ao prazer da música que ouço.

E esta é bem bonita!

Arábica disse...

Clarissimo como pensei inicialmente.

Ou julgas que só o teu tempo voa?

Talvez sejam coincidências.

Ainda a semana passada, eu que nem sequer estou submetida (por obrigação) a horários condicionantes, cheguei ao cinema atrasada! Desabafei para a minha amiga, não sei o que me anda a acontecer, parece que o tempo voa! Ou serei eu que estou mais lenta?

Claro que quando estamos a trabalhar numa tarefa rotineira, sem absolutamente nada de inovador, nem um simples elemento, as horas tendem a parecer intermináveis. Ou quando nos sentimos tristes. Ou quando andamos insatisfeitos.

Mas a verdade e eu julgo que já escrevi sobre isto, num outro blogue, cada vez tenho mais dificuldade em digerir todos os acontecimentos, a tempo útil.

Que se lixe, vivo à minha velocidade, que assim corro menos riscos de chegar cansada :)


Beijos

Arábica disse...

Indiferença:


Nem precisas dar os exemplos que deste (embora bem aplicados e muito bem desenvolvidos) a indiferença está bem patente entre pessoas que moram na mesma rua, no mesmo prédio. A indiferença reside entre colegas de trabalho.

Por isso te disse: se não chocarem.

Só quando os interesses chocam, quando uma das partes, normalmente a mais forte, não consegue obter o que pretende (com o teu exemplo, votos) a indiferença pode quebrar.

Veridica ou aparentemente.



Ainda estamos num país de brandos costumes?

ze disse...

O meu tempo não voa assim tanto,
Porque eu exijo pouco dele, não me ponho a fazer planos ambiciosos,
De fazer muita coisa em pouco tempo.
Pelo contrário faço avaliações por baixo, e por mais que me esforce, sabendo que o filme não começa à hora, chego antes e não depois do tempo.
Talvez por as expectativas serem baixas, quando faço qualquer coisita, já me ache que estou dinâmico. :- )

São velocidades com as do carro.
Temos que nos saber gerir física/social/psicologicamente, e isso no me caso, implica períodos de velocidade muito diferentes, dentro de cada ciclo de tempo (do dia ao ano e até a ciclos de tempo maiores).

ze disse...

Pois é,
Embrenhei-me (e excedi-me) à bocado numa certa expressão de ódio aos políticos.
Depois de lido à posteriori e conhecendo-me, acho que já estava era com fome.
Mas que são má raça, são.

Sobre a indiferença acho que tens razão mas não se queres dizer que há mais do que antes.
Acho que apenas mudaram alguns grupos, uns diluíram-se e outros nasceram, como estas nestas estruturas sociais em que nos conhecemos.
As aldeias ou as famílias é que mudaram, mas os grupos e a estrutura (que é o mais importante) mantém-se muito nas mesmas bases.
E dentro do “grupo” não há mais indiferença do que antes!

Sobre ainda ser ou não um país de brandos costumes, se é que percebo bem o sentido da expressão, que não é coisa boa nem é má, acho que sim, que não mudou grande coisa, nesse sentido de “forma”.
Não temos menos “filhos da puta” que os outros, mas fazemo-las (nós não eles) com algum pudor.
Preferencia de estilo pela tortura psicológica em detrimento do brutalidade do espancamento físico.
Até para puder manter um sorriso angélico e paternal.

(Se calhar estou é outra vez com fome) :-)

Até desejamos mutuamente "bons dias", como bons vizinhos.

Arábica disse...

Cheia de fome, com o almoço pronto a ir para o prato e hoje decidida a não chegar atrasada ao cinema, passei por cá para ler comentários aos comntários :)

Logo, já na minha lentidão volto para a "cavaqueira" ihihihih conversa, quero eu dizer, cruzes!


:)

ze disse...

Aqueles meus últimos comentários é só gralhas!
É o que dá em estar acordado quando já devia estar a dormir.
Mas vou ter que me redimir desta:

Quando disse “(nós não eles)” queria dizer “(eles, não nós)”
Juro que não me fugiu a boca para a verdade :)

Como será previsível que esteja ausente daqui por um par de dias,

Desejo bons dias a todos que nesse entretanto aqui venham (estejam a) ler.

E por favor,
não desistam de aparecer!
Obrigado

rosa disse...

zé, eu também sou uma trenga que morro de inveja do violoncelo, uma "cella" frustrada.

mas já percebeste? são os nine horses do david.

o filme, que te deixei o link, não é pela música, é mesmo pela complexidade do argumento, que, sabe-se lá por que almas, achei que irias achar interessante...

arábica, e desculpa-me responder-te aqui, mas quando te disse que uma sociedade regida por mulheres seria completamente diferente, ou não disse, não me lembro, nao quis dizer que seria obrigatóriamante melhor, sem "cabrisses", seria sim muito menos violenta. e sobre esse aspecto, não tenho dúvidas.

por mais que me esforce, nao consigo ser mázinha. e ás vezes até gostava. (confession mode)

ze disse...

Rosa, podes sempre aprender!

Uma aprendizagem do zero é sempre muito exigente de muitas coisas, como muito tempo, mas não só.
Não dá para atingir um nível bom, mas depende do objectivo.
E o tempo de treino necessário, envolve horas diárias e como tal é conveniente ter o instrumento em casa, o que é mais prático (e barato?) no caso do violoncelo que um piano. Nem sei, se calhar nem é.
No meu caso, gosto de pensar que não desisti de um dia o fazer, na oportunidade, que ainda não surgiu.

O link não era pela musica, mas gostei na mesma.
O filme gostava de ver, mas pelo que percebi ainda não está em cartaz.
(Pensaste bem)

Quanto a transgredirem “regras”, ao dirigirem-se nos comentários a outros que não a mim, só me deixa satisfeito.
E como tal, também transgrido, para te dizer que se é certo que as mulheres têm instintos de agressividade bastante mais baixos que os homens, também é verdade que as guerras fazem-se com carne para canhão, mas despoletam-se por intrigas, ambições de poder, dinheiro e status. E nisso as mulheres não são diferentes dos homens.
Nunca foi preciso sujar as mãos para começar uma guerra ou uma limpeza étnica.
Há outros, geralmente homens sim, que o fazem, muitas vezes tão vitimas como as ditas vitimas.

E se história reza nomes masculinos para o bem e para o mal, parece mais consensual dizer que são muitas vezes fachadas (testas de ferro) de outros anónimos.
E porque razão seriam esses anónimos da história, masculinos?
Não faz nenhum sentido que o sejam, nem nas partes da história que nos inspiram orgulho como as que nos inspiram vergonha.

Também eu me sinto frustrado de não conseguir pôr em prática alguma maldade de justiça, nalguns casos que me parece perfeitamente adequado.
Mas desenvolvi as minhas defesas, que funcionam no universo masculino (não sei como serão no feminino, nem se existe essa possibilidade, talvez não),
Que simplificadamente posso descrever como de dissuasão.
Não é preciso na maior parte das vezes ser mau, basta parecê-lo.
(esta minha confissão é perigosa, se alguém que não deva ler, leia)
(esta “casa” é minha mas tem a porta aberta)

um bom dia para ti,
tenho que sair

Arábica disse...

Rosa (e Zé também), estás à vontade, mas lá também deverias sentir-te à vontade.

Eu percebi o que tu querias dizer e se não fosse a visão alargada dos últimos 9 anos, teria concordado contigo, plenamente.

Ainda concordo na parte da violência, o instinto animal no soco, na desputa corpo a corpo da razão. Somos de outras fórmulas, não gostamos de violência. Mas podemos gerá-la.
Da forma como o Zé exemplifica, através dos bastidoes da intriga, do encher da cabeça, do até fazer-se d vitima, a lágrima ao canto do olho o tremor de queixo...estás a ver o filme? É apenas um pequeno exemplo.

Também nunca consegui ser má.

Mas já consigo (grande vitória) analisar de forma fria (entenda-se racional) os jogos de poder, as grandes intrigas de salão, que de outra forma (sem o lado racional) me poderiam fazer sofrer ou prejudicar.

Nunca conseguirei ser má: sentir prazer com a dor dos outros, aniquilá-los como insectos, sentir que as causas justificam as guerras, aceitar as vinganças de sangue, aceitar a mediocridade que leva às "cabrisses"...

Resta-me assim sendo, a meditação, a contemplação, a música e a arte para me evadir das convulões sociais, quando sinto que já estou a ficar "cheia".

E tal como o Zé, aprendi a fazer cara de poucos amigos :)) se preciso for, até aprendo a rosnar :)) e se preciso for, aprendo também a morder. Nas canelas dos maus :))

O que ainda não aprendi, foi a tocar piano, embora tendo um.

Mas brinco com ele.
Às vezes até gosto do som do improviso :)

(Está completamnte desafinado, a precisar de arranjo, desaguou nas minhas mãos, como prova que há sonhos que nunca se realizam e que devemos aprender a conviver com esse facto, com a mesma doçura que acalentou o sonho)

E agora vou jantar.


Tenho dois dias para te responder, correcto, Zé?

Beijos para ambos.

Rui disse...

Vejo-me aflito com a cada vez maior urbanidade da cultura que me rodeia. Ou a urbe está a ficar demasiado grande para mim, ou eu demasiado pequeno para ela.
Quero inventar uma cultura bucólica. Quero que tudo do que goste esteja à volta de um monte, numa planície fértil e com wi-fi. Quero uma cadeira confortável e um portátil.
Quero tempo para limar arestas às minhas ideias...

Arábica disse...

Culturas bucólicas exigem migração de sistemas, Rui :)

Rui disse...

E não me achas andorinha capaz de bater a asa da migração?

Arábica disse...

Não será caso para esperar pela "primavera"?

Rui disse...

Andasses tu de penca no ar, como eu, já as tinhas visto. Isso de esperar pela Primavera é muito anos 80...


:P

Arábica disse...

isso de ser andorinha é muito maio 68 ;)

Cris_do_Brasil disse...

O teu nariz é bem bonitinho, acho houve equívoco por parte de quem o exagerou como sendo grande :=))

ze disse...

Obrigado aos dois pela bonita desgarrada que aqui deixaram.

Rui,

O papel de cada um de nós na definição das nossas vidas é mesmo o (auto) conhecimento dos contornos que estamos dispostos a largar como preço a pagar por adquirimos outros.

Ou dito de outra forma,
Percebermos o que queremos fazer do nosso tempo (do quotidiano dos nossos sentidos), sabendo onde em nós essa escolha nos leva ou nos transforma, afastando-nos por isso de outros caminhos, destinos, caracterizações.

Eu (hoje e não à dez anos atrás), preciso de pessoas na sua diversidade humana e na sua complexidade social.
Por regra, não por excepção.
Mais e mais vezes que ouvir os passarinhos e envolver-me em paisagens de tranquilidade.

Nunca temas no entanto o trapézio, deste que de curta e rápida transposição.
E deixa o telemóvel a vibrar durante esses instantes carentes de atenção absoluta.

Abraço
(honrado com a tua visita)

ze disse...

Arábica,

Tens muito mais de dois dias para me responder.
Tens o tempo sem limite e ainda a opção de não o fazer.
Há assuntos que marinam até voltarem inconscientemente num novo ambiente.

Obrigado pelas visitas na minha ausência,

beijos

ze disse...

Cris,

Obrigado pela simpatia do teu comentário.

O aspecto físico de cada um, apesar da sua importância na definição das nossas relações com os outros e até connosco mesmos, é das nossas vertentes aquela que nos deixa menor margem de transformação (ou melhoramento).
Como tal, dedico-lhe espaço e tempo de pensamento em conformidade.

Obrigado pela visita,
Volte sempre

Rui disse...

Pode é o telemóvel cair um dia, lá abaixo, sem querer. Azares acontecem... Quem sabe se aproveita depois melhor os contornos que nos rodeiam. Da paisagem, também.

ze disse...

no trapézio, o telemóvel é o que menos falta faz.
A evitar, tal como o "ultimo pensamento" antes de saltar para a corda.

O poder de condicionar o futuro que acontecimentos imprevistos, por subtis que sejam, alheios a vontades ou espectativas, já nós sabemos.

Mas referia-me antes a prever, baseado na nossa história, como seriamos, como nos transformaríamos, se os nossos hábitos mudassem por expressão da vontade.

Se o telemóvel fosse atirado e não caísse por um acaso, independentemente do(s) resultado(s) vir a ser o mesmo.

Arábica disse...

Zé, nem dois, nem quatro dias chegaram. Ausente em parte incerta, embora aqui de vez em quando, com os deditos a tamborilarem letras.
Viagens ao passado rapidamente a espraiarem-se no túnel directo ao futuro. Paro no presente, sempre com o passado atrás da orelha, a zumbir-me cuidados e urgências. Na metamorfose do tempo, estou aqui, mas não estou. Um beijo

ze disse...

Que bom comentário Arábica
denso e objectivo
beijos

Anónimo disse...

perdi-me no meio disto tudo, mas duas coisas:

1ª o escarafunchar continuava...

2ª ainda há 2 dias discutia a importancia do aspecto fisico, em oposição ao carácter. há hipocrisia (?), quando dizemos que o que interessa é a pessoa, ou realmente não nos conseguimos libertar da atracção fisica. os sexos dão importancia diferente à coisa? (vi um filme da nicole kidman com o turturro, o turturro não é bonito por aí além, mas no filme, que nao me lembro o nome, qq coisa margot, tem um gesto, tão, mas tão bonito, que acho que qq mulher-gaija, esquecia os looks dele. mas ele é um feio-quase-bonito, e se fosse só feio? e se nem todoas as mulheres conseguissem reparar no que ele fez? obcecadas, apenas, pela imagem fisica ou carisma social?)

adiante, gosto de vir aqui comentar pq sei que irei ter sempre uma resposta interessante, tua ou da arábica. ;)

deviam pensar em fazer um blog a dois. :)

Anónimo disse...

e agora, se vivesse num ambiente bucólico, ia dormir uma sesta, ai ia, ia.

ze disse...

Não te perdeste nada rapariga* !

* bem, como volta e meia aparecem brasileiros(as) por aqui porque eu também apareço por lá, tenho que vincar que em Portugal chamar de rapariga não é nenhum insulto. Espero eu.
É como chamar de moça ou mocinha.

As caixas de comentários só ganham vida própria.
Até quando alguém vem lembrar qual o tema do post, este já deu voltas e reviravoltas de vertentes e pontos de vista.
Como tal, quem vier só tem que escolher uma ponta de novelo para brincar, enquanto eu procuro responder a todos com a maior seriedade e sisudez.
Nesse aspecto, o único que não se pode perder aqui sou eu.
Para mim aqui é como se fosse a escola e os outros blogues que visito, o recreio.
Aqui disciplino (-me). Lá, liberto-me

(continua)

ze disse...

Claro que o escarafunchar continua
Porque antes da parte um, numa altura em que não sabia mais sobre o que dizer, pus-me a escrever frases soltas de olhos fechados numa página de word e só vou dar por terminada a sequência no momento em que todas elas tiverem sido abordadas e inter-relacionadas.
É como se fosse também um “meme” dos que circulam, mas neste caso feito por mim e para mim.
Procurando encontrar a lógica e o potencial de auto- desenvolvimento de ter criado um blogue.
Algo que (para já) parece ser (também) o de não deixar atrofiar capacidades de observação e de comunicação, dentro de um âmbito bem especifico (e difícil) de uma circunstancia de vida “determinada”.
Impor-me barreiras (pessoais de sempre) na esperança de conseguir a gratificação de as conseguir ultrapassar.
Como o facto objectivado pela minha história pessoal de não conseguir atingir resultados satisfatórios em ambientes sem apoio, sozinho.
As minhas virtudes brilham em ambientes de grupo e murcham na solidão. Tal como os defeitos, mas ao contrário.
E como mais cedo ou mais tarde (e ultimamente tem sido muitas vezes o caso) temos que nos confrontar com essa circunstancia, tento fazer “disto” o meu treino da mão esquerda.

(continua)

ze disse...

Não faz qualquer sentido treinar a mão esquerda dentro de um plano de desenvolvimento da sua capacidade de “solar”, com as excepções lógicas de amputados da mão direita ou tragédias afins.
O objectivo lógico é apenas de a preparar para o acompanhamento da direita, necessário à expressão conjunta das duas.
Isto talvez explique a dedicação limitada a cumprir apenas mínimos em relação aos posts, face à que dedico aos comentários.
É a minha natureza e contrariá-la tem os seus limites de violência (ou masoquismo, neste caso).

Em relação ao suposto blogue em conjunto com a Arábica,
E pese o tom de provocação brincalhona, vou responder com seriedade pois foi esse o registo que defini para mim, aqui.

Há um contexto pessoal no qual eu aqui (redes sociais de internet) me insiro, que volta e meia deverei lembrar para melhor ser entendido.
Até à aproximadamente seis meses atrás nunca tinha tido internet em casa.
Tive (quase) sempre no trabalho, mas em média não terei gasto mais de 5/10 minutos diários, entre leitura e resposta a correio electrónico (quase sempre profissional – pessoal talvez uma vez ao mês) ou uma consulta rápida e pontual às características técnicas de um determinado material de construção, ou coisas do género.
Como tal há imensas coisas que não sei, algumas delas nem posso saber.
Mas inevitavelmente sei outras, como a de saber que não se pode estar em dois sítios simultaneamente ou que não ter umas oportunidade (de saber) trás outras.
E que a compreensão que se pode ter de um livro que se vai lendo ao longo de um mês, retomando sempre uma ou duas páginas atrás, é sempre Maior que o “já li este” e que aflição que já me falaram de tantos que ainda não li (li?!).
Acho que já tomei algumas opções e uma delas foi seguramente a de preferir pouco bem sabido do que conhecer muito que não percebo, se calhar nem ao ponto de o saber (que não sei).

(entretanto já ia por outro caminho)
retomando
(continua)

ze disse...

Pois então,
Se bem percebi (diz-me tu) os blogues em conjunto nascem de conversas em ambientes físicos (casas, cafés) entre pessoas que se conhecem bem.
A Arábica tem alguns desses que se percebe da leitura do seu perfil.

Da leitura do meu perfil, nos interesses, escrevi “desportos coléctivos”.
É uma assunto que me interessa à anos.
Passei “n” tardes de sábado e domingo a “acompanhar” equipas.
Isto a propósito de te que perguntar em que é eu te baseias para achar que nós os dois formaríamos uma boa equipa?
Na complementaridade das nossas características?
Se respondemos os dois bem aos comentários, será antes sobreposição de valências e não suprir deficiências.
No meu caso aceito que consideres que respondo bem em termos relativos a tudo o resto que faço pior ou que simplesmente não faço porque não sei.
Nesse aspecto o que é que eu posso acrescentar?

Vá Rosita, deixo muitas perguntas para responderes, não te esquives!
;-)
(o meu smile acho que deve ter nariz)
(continua)

ze disse...

Sobre a atracção física, vou tentar ser cauteloso, no sentido de não queimar cartuxos das partes a escarafunchar ainda por escrever.
Uma parte da estrutura de organização do texto assenta na ponderação do que está ou não a mudar.
Neste caso, penso que está na zona do que está a mudar e já escrevi qualquer coisa solta sobre isso, pouco tempo depois da resposta sobre o Darwin.

O carácter atrai o carácter; o físico atrai o físico.
Os carácteres (posso dizer personalidade?) que nos atraem são aqueles que possuem as características que temos e gostamos e ainda as outras que não temos mas queríamos ter.
São bases de avaliação do outro muito mais conscientes que inconscientes.
Ao contrário, na atracção física há factores difíceis mas não impossíveis de perceber, (situados no inconsciente) fruto de avaliação de semelhanças com experiências pessoais ou sociais (como filmes?!).
Certas características (físicas ou de atitude) num desconhecido podem-nos chamar a atenção por similaridade com boas experiências passadas.
A memória do inconsciente serve essencialmente para isso, para nos alertar o instinto da atracção ou da repulsa (e neste caso vale tanto para físicos como para carácteres).

(continua)

ze disse...

No caso da atracção física há ainda a memória genética, essa completamente impossível de nos apercebermos, mas que é constante das nossas decisões sexuais.
O objectivo da espécie está nos genes e como tal eles querem que encontremos o par ideal. Para aumentar as probabilidades eles (genes) se eternizarem.
No meu caso (homem) eles querem um par de seios que garantam o aleitamento da cria, um ventre capaz de albergar o desenvolvimento do fecto e outras características físicas que generalizamos sob o termo de “gaja boa” mas que na realidade são para eles garantias de saúde do fecto e cria miúda.

Já os genes das mulheres querem músculos e destreza física capaz de proteger a cria das tribos paleoliticas rivais e também capaz de se desenvensilhar na selva ou na savana de forma a trazer caça para a caverna. E saber acender a fogueira, nas noites de frio.
Com o decorrer das mudanças sociais esse instinto passou a ser substituído por outro diferente mas com o mesmo objectivo.
Dinheiro capaz, de pagar a carne que alimenta a cria, de pagar à empresa que vende a electricidade ou gás que alimenta o aquecedor; de pagar um condomínio privado seguro da banditagem; pagar colégios privados e explicadores que garantam às crias o futuro necessário à sobrevivência deles por mais uma outra geração; and so on...

Mas há ainda a memória genética mais interessante que simplesmente procura através dos sentidos (especialmente o olfacto) sinais exteriores de diferença genética.
Com o objectivo de garantirem à cria o maior leque possível de anticorpos a doenças.
Simplificando, é mais ou menos por isso que não nos sentimos atraídos por irmãs e primas (no meu caso, porque conheço muito (boa?) gente, que acha que até rima).

Mas desde a vulgarização do perfume, têm-se visto forçados a cheirar corpos suados.
:-)

ze disse...

Se vivesses num ambiente bucólico, já tinhas adormecido e acordado entretanto.
O tempo lá também passa.
E pior, ficavas sem sono para a noite.
Depois de horas de luta com a almofada e os lençóis,
acordavas amanhã cansada.

Os ambientes bucólicos que mais gosto são os jardins secretos das cidades que se escondem dela e dos que a vivem, por muros altos.
É um prazer sublime como não há outro igual, tal como alcançar o óasis após a travessia do deserto.
Ou como o ambiente cosmopolita mais estimulante é o que se descobre no recanto menos provável.
Já experimentei de tudo (menos o deserto- literal, o outro já claro) e é o melhor que há.

Fico à espera das tuas respostas, Rosa ;-)
Entretanto,
Tenho que escrever é a parte 3,
São os meus trabalhos de casa.
Que ficam sempre para a ultima.
Tipico.

Arábica disse...

Zé: sobre blogs conjuntos.


O que é conhecer bem alguém?

Será saber todas as características fisicas dessa pessoa, saber delinear o seu perfil fisico, conhecer a cor dos olhos e saber o penteado? Saber o que faz? Onde vive?

Saber a forma das suas mãos?


Ou, poderá tudo quanto atrás escrevi, não interessar para nada, e sobre o mesmo não haver qualquer conhecimento e mesmo assim, sabermos os condimentos que mais agradam às pessoas, sabermos (intuirmos) que para lá do pano/nick existe um ser que na sua essência tem características comuns às nossas, sonhos comuns aos nossos, formas de ver e sentir comuns às nossas e mais meia dúzia de items?

Há várias razões para se ter parcerias em blogs. Conheço por exemplo, um caso, em que havia uma pessoa que queria contar meia dúzia de "estórias" e que convidou uma outra pessoa que desenha fenomenalmente bem, para ilustrar as suas palavras. Segundo reza a história, só se conheceram na vida real muito depois do blog ter vida e voar nas asas inventadas para o efeito.

E segundo julgo, gostaram imenso da parceria e tiveram imenso gozo enquanto ambas sentiram vontade e tiveram tempo para alimentar o projecto, que de resto, poderá sempre ser retomado. É o que me dizem :)


Quanto ao blog que aparece no meu perfil, é um blog criado pelo Alien e que foi, é e será de grande ajuda (de certeza absoluta) nestas "tretas" de colocação de músicas, alteração de templates e afins :))

Ainda há almas boas e iluminadas neste mundo :))


E só nos conhecíamos de conversa de blog :)).

O que nos leva ao principio do comentário: o que é conhecer bem? :)

Arábica disse...

Depois, de resto, também acho que me perdi.

Passamos do tempo para a atracção sexual? E quando os homens e as mulheres já não estão em idade (ou com pachorra) de (para) procriar, o que os levará a sentirem-se atraídos? Os seios ainda terão um papel fundamental nesse tempo, em que ambos sabem que não haverá crias para alimentar? :)

Ou será que nesse plateau, nesse novo estágio, os factores importantes serão os espirituais e intelectuais?

É que a vida não acaba aos 40 e já agora gostava de saber como é que se processa :))


E por falar em anos de vida.


Buga lá beber um café???


Beijos

ze disse...

Arábica,

Conhecer bem ou mal, ou qualquer outra coisa “bem ou mal” quer dizer mais “melhor do que “ ou “pior do que”.
É relativo e não absoluto.

Também posso dizer que sim, que também é “saber todas as características físicas dessa pessoa, saber delinear o seu perfil físico, conhecer a cor dos olhos e saber o penteado, saber o que faz e onde vive?
Saber a forma das suas mãos”
e muito mais, sempre em aproximação sucessiva do "tudo".

Se fosse conhecer em absoluto e não em relativo diria mesmo que será “conhecer melhor que as próprias mãos”, e olha que as minhas conheço-as muito bem, melhor que qualquer outra parte de mim.

(continua)

ze disse...

No entanto,
Tendo em consideração todas as circunstancias em que te conheço,
Posso até dizer que te conheço muito bem.
Relativamente ao que é possível, claro.

Quanto ao blogue conjunto,
A minha pergunta dirigida à Rosa procurava perceber porque é que ela se lembrou de dizer isso.
Não me parece que a empatia só por si seja razão (lógica) suficiente.

Por outro lado, se analisar racionalmente as hipóteses deste blogue durar dentro do seu perfil actual, tenho que ser pessimista.
A escrita dos (meus) posts continua a parecer-me demasiado artificial, sem particular prazer ou sentido.
Ao contrário dos comentários, nos quais o tempo passa muito mais rápido.
Características minhas que posso tentar moldar mas não alterar.
Como tal, assim que tenha menos tempo, que espero que seja em breve (por outras razões), perderei com muita pena minha, contacto com algumas pessoas que fui conhecendo neste ambiente.

(continua)
(vou almoçar)

ze disse...

Sobre as várias e de certo diferentes razões para parcerias, neste caso em blogues, sei pouca coisa, pelo que será mais sensato ouvir do que falar.
Mas penso que será normal (humano) generalizar baseado nos casos que se conhece, que no meu caso, são esses, amigos de longa data.
Quanto a partilhar responsabilidades e tarefas estou sempre para ai virado.
Entusiasma-me a intercepção de ideias, a multidisciplinaridade, a multipersonalidade e o potencial de qualidade do produto final, que é sempre inesperadamente superior.
Quando resulta, pelo menos.
E nesse aspecto não me desmotiva o desconhecimento das parcerias, pelo contrário,
Confio por principio e no principio, até prova em contrário.

(à uma semana para cá tenho um scanner ligado ao pc, pelo que em breve começarei a digitalizar desenhos. Quem sabe se não começam a tomar o lugar das fotografias por aqui)

(continua)

ze disse...

Quem quiser escrever nas caixas de comentários, pode lançar os temas que quiser.
No meu caso, essa liberdade tenho-a nos posts.

Acho que todas as pessoas são diferentes, com especial ênfase na diferença de sexos (m,h).
Se quiser-mos entender grupos sociais, temos que nos distanciar das nossas experiências pessoais e sociais, sob pena de nos enganar-mos redondamente.

Um professor meu do liceu, contava uma estória como auxiliar da explicação do (bom ou mau) uso da estatística.
“um alemão (cultura “supostamente” obcecada pela sistematização), acabado de chegar a Coimbra, cruzou-se com uma pessoa de olhos azuis. De seguida, com outra.
Após ter constatado que a quarta pessoa consecutiva que observara tinha olhos da mesma cor, e já confortavelmente sentado no elécrico, retira da mala o seu caderno de apontamentos e escreve – as pessoas de Coimbra têm olhos azuis”

(continua)

ze disse...

Distanciando-me muito de mim, até porque não sou mulher, não tenho mais de quarenta anos, conheço pouca gente e há biliões delas e poucas parecidas.

Acho que o tempo (a idade) produz mudanças sobre o físico e sobre a mente.
Muito poucas delas de um dia para o outro, em descontinuidade.

Como tal, penso que os contornos com que se processa a atracção sexual num indivíduo com mais de quarenta anos tem muito mais semelhanças com a forma com que se processava no mesmo indivíduo dez anos antes, do que com qualquer outro, ainda que com características comuns de sexo e idade.

Muito defensivo o parágrafo anterior!
vamos lá tentar arriscar um bocadinho mais.

(continua)

Anónimo disse...

vou tentar responder, mas para mim é muito complicado.

há já algum tempo, e por acaso com a (saudosa) menina amélinha, ia entornado o caldo, pq sou sempre muito sucinta, por vezes demasiado. o que pode provocar alguma confusão, parto do principio que adivinham o que quero dizer, sem o dizer.

não por preguiça, mas é coisa que não domino, a escrita. penso muito, sinto muito, mas por por palavras, para mim é complicado.
também há tempos e nao me lmebro onde, provavelmente no mesmo sítio, disse (ou pensei lol) que os blogs de sucesso, são dos estudantes de letras. o que não é o meu caso. eu é mais rabiscos e bolos. ;)

tu e arábica dominam a coisa. escrevo: tomate. pimbas.... voltas e voltas que dão, expõem os argumentos com ... (bolas, falta-me a palavra) lógica... etc. dá-me gosto vir aqui largar umas postinhas de pescada e ler os resultados.

quanto à coisa do fisico, foi a resposta ao comentario sobre o teu nariz e a coincidencia de ter estado a falar sobre esse assunto, não o teu nariz, mas a importancia da parencia fisica, na escolha das relaçoes que temos... e coisas (stuff).

lol

valeu? a resposta?
(uf uf tou cansada.)

ze disse...

a atracção sexual tem uma componente externa, social, muito forte.
Que não diria que cresce ou decresce com a idade, apesar de se modificar.
Somos sensíveis aos padrões de beleza que a sociedade nos transmite, que por sua vez mudam de década para década, como todas as outras coisas que mudam, cada vez mais rápido.
Mas por outro lado também se vive uma época (passageira ou não) que favorece a diferença de gosto e de atitude relativamente ao grupo geográfico- social em que o indivíduo se insere.
O adepto mais ferrenho do Manchester United já não mora no bairro social do lado industrial da cidade como sempre nos últimos cem anos, mas na China.
E permite-se ir para a escola com a camisola vermelha com o patrocínio da AIG, sem ser mal-visto. Muita do que moldou a nossa adolescência, já não molda esses grupos etários.
Pelo contrário, é valorizada a originalidade (vazia de conteúdo ou não) e as idiossincrasias, por artificiais e efémeras que sejam.

Um português de cinquenta anos vendedor de carros em segunda mão em Pombal, pode ter percebido recentemente que é fetichista e que gosta é de lamber dedos do pé, sem se sentir freack/ anormal, porque encontrou dezenas de outros com a mesma obsessão num site.
E pode viver essa sua particularidade satisfatoriamente sem se ter que ultrapassar as dores de se sentir excluído por vizinhos e colegas de trabalho.

(continua)

ze disse...

Mas há também há a organização genética da espécie, e que não muda mais rapidamente do que mudava à mil anos atrás.
Não muda tão rapidamente como os modelos sociais mudam de "beleza é formosura" para o "não saio à rua com gajas gordas".
E os perfumes? E a cirurgia estética?
Andamos a baralhar o esquema à natureza, não é só com o buraco de ozono.

(já estou a escrever nos comentários o que pretendia escrever nos posts, como é que vou escrever posts?)

Uma série de documentários sobre vida animal estudando a espécie humana,
que vi na rtp2, sei lá, para ai à uns dez anos atrás.
Num dos episódios, punham oito homens a cheirar e a quantificar a agradabilidade do odor das cuecas suadas de oito mulheres; o mesmo com mulheres a cheirar cuecas suadas de homens.
Eram só cuecas e números, não havia lá fotografias.
Depois analisaram o ADN de todos e concluíram que a pontuação atribuída correspondia rigorosamente à escala de diferença genética.
Não serão só anticorpos, mas as probabilidades do filho sobreviver estão relacionadas com a variedade de anticorpos definidos no seu ADN.

Claro que a sociedade desconstrói isso tudo, mas não deixa de estar lá.

Está estatisticamente provado que as mulheres em período de ovulação são mais frequentemente infiéis que nas outras fases do ciclo hormonal.

Provavelmente antes ou depois dos quarenta as escolhas do parceiro obedece prioritariamente a factores socio-psicologicos como “os espirituais e intelectuais”, ao que eu acrescento se me permitires o estatuto social (dinheiro, poder) especialmente do lado das mulheres.
O sexo independentemente da idade já se desligou da procriação à muito tempo, mas independentemente disso perde importância face ao tempo que ocupa na vida da maioria dos casais. (pescadinha de rabo na boca)
Talvez por isso também se esteja a tornar gradualmente mais independente das restantes vertentes da vida do casal e da família.
Infidelidade.
No caso das mulheres em ovulação, escolhas independentes de parceiro para criar os filhos (para conversar, para a vida familiar, para pagar as contas) e outro para deixar a semente.
Nos homens também cresce a diferença da escolha do indivíduo feminino que se leva à rua, ao ambiente social e a(s) com que se exprime a sua faceta animal. Que existe!

Já chega?
Ainda há duvidas?
discordâncias?
:-)

ze disse...

que complicado !!!!!!!! :--)

Não faz mal se perceberem ou não o que queres dizer, a não ser... quando até queres que percebam. :--)

Para mim também não é fácil escrever.
Se pudesse respondia-te por palavras sonoras- é muito mais fácil e rápido.
Nos posts já não é bem assim, mas aqui tento escrever o que diria (e como) se estivesse a falar.
E se (segundo o que tu dizes) és realmente tagarela, a melhor é escrever o que dirias, com a vantagem, de no final puderes pensar se querias mesmo dizer aquilo.
Praticar ajuda, como em quase tudo.

Eu, antes de criar o blogue nunca tive hábito de escrever.
Meia dúzia de cartas na tentativa de resolver dificuldades de comunicação de sentimentos; a parte escrita dos trabalhos de faculdade porque os outros achavam que eu escrevia melhor, mas sempre achei que era verdade mas porque me esforçava mais (em organizar); num gabinete onde trabalhei vários anos, escrevia também mais textos do que devia não porque tivesse mais facilidade, mas porque eles eram patrões e como tal mandavam fazer o que não lhes apetecia; resposta a mails profissionais que é um bom treino da organização e da objectividade, mas que se resolve facilmente com numeração de assuntos mais um principio e um fim tipo (sempre igual); e algumas fases de muitas smss (menos que a maioria das pessoas).

(continua)

ze disse...

Aqui ajuda-me a não me perder dos assuntos que foram colocados,
Deixar aberta a caixa de comentários com o teu (neste caso) texto à vista do lado esquerdo do ecrã, enquanto escrevo numa página word autónoma.

Também acho que a Arábica tem muita facilidade de resposta.
Aprecio particularmente a forma como ela responde de uma forma muito respeituosa com a individualidade de cada um.
É uma sensibilidade, que nem tem a ver com a escrita, ela deve ser mesmo assim.
Mas eu confrontei-te foi com a razão pela qual achaste que devíamos fazer um blogue juntos.
Supõe que havia os dois melhores do mundo a fazer blogues (é uma estupidez, não existe nem uma coisa nem outra), achas que uma parceria dos dois fazia o melhor blogue do mundo?
Eu acho que não, a magia do trabalho de grupo não assenta nesse tipo de bases, tem outras lógicas.
No futebol (e não só) já se tentaram essas proezas com desilusões históricas.
As omeletes não se fazem sem ovos, mas as melhores não levam só ovos.

(continua)

ze disse...

Rosa,

Só agora e que me apercebi que não deixei um separador claro (o teu nome ou nick), entre as respostas em partes à Arábica e as tuas.
Mas para ti começa no “que complicado !!!!!!!! :--)”


Claro que a aparência física é importante em todos os tipos de relacionamento.
Mas eu com os meus instintos não gosto de os racionalizar muito, porque preciso deles “puros” e ao pensar muito neles ainda os posso condicionar!
Acredito que aqueles “feelings”, que são a única informação que temos quando nos confrontamos com um desconhecido são válidos, não preciso de os entender.
Se o feeling for sobre uma gaja, fixo-a para não perder a oportunidade futura de a observar melhor, para confirmar e acrescentar, ou para desmentir.
Se for sobre um gajo na rua ou o turtturo num filme, essas impressões algo instintivas também são úteis, porque eu tenho uma memória de vida (mesmo não consciente) que recordou que devo estar atento a determinados sinais gestuais ou comportamentais.
No caso da observação de homens esses instintos não são menos importantes, são as indicações possíveis que nos levam a poder confiar ou não.
A marcação dos que não sendo podem vir a ser amigos ou inimigos, merece a maior das atenções.

Em relação às gajas sou mais atento que o normal, se bem que há épocas que estou mais e outras que estou menos, mas isso é como toda a gente.
Tenho alguma dificuldade em perceber se gosto ou não de uma aparência apenas por uma fotografia (tirando os casos extremos das muito bonitas ou das muito feias).
Facilita se forem várias fotografias e não uma e facilita mais ainda se for um vídeo mesmo de apenas dez segundos.
A primeira impressão desperta um alarme para estar atento ou não a seguintes, mas atracção mesmo, necessita de repetição da observação, em diferentes momentos e contextos.
Em relação ao carácter e ao aspecto físico, confesso que sou exigente, quero tudo, ainda que seja uma atitude de risco, de me sujeitar a não ter uma coisa nem a outra.
Se gostar do carácter (atitude, personalidade) começo a gostar mais do físico, e claro que se gostar do físico ajuda-me a estar mais atento ao carácter.
Na verdade, quando gosto começo a misturar uma coisa e a outra indistinta e indissociavelmente, ainda que uma parte (qquer uma delas) possa ser algo ilusória.
Mas são os sentidos a deformarem-se por acção do amor.
É a natureza, que eu respeito.

(continua)

ze disse...

A tua descrição do tal gesto do Turtturo, sugere-me dizer que dificilmente (para não dizer impossível) acharia interessante uma vista de uma parte (estática) do rosto de uma mulher. (ia dizer corpo e não face, mas mentia- vantagens de estar a escrever e não a falar)
O conjunto (em movimento), incluindo a expressão facial e corporal é que me transmitem claramente sensações de beleza.

Sem mais para dizer por agora (este é o tipo de lengalenga dos emails profissionais)
Desejo que tenha sido do seu agrado o resultado da sua posta de pescada.

Valeu ! ( o teu comentário)
Gostei muito,
Foste muito clara, percebeu-se tudo mesmo quando te faltou a palavra exacta,
Espero que da próxima vez te canses menos,
Sugiro em relação a isso que escrevas sem nenhum tipo de preocupações,
Porque estás entre amigos :--)

( e estes são aqueles momentos em que não sei muito bem de que forma deixar um remate de simpatia, mas deixo três à escolha e fica com o que quiseres)

-os meus melhores cumprimentos (este é o profissional)
-Beijo ou beijos
-Um bom lusco fusco e uma boa noite

Arábica disse...

Zé, devo ter visto os mesmos programas que tu, mas não me lembrava se havia parametros diferentes, para idades diferentes. E julgo, que seria lógico se os mesmos mudassem.
Em caso de "acidente" na primeira escolha, haveria sempre a hipótese de acertar à segunda ou terceira escolha. Se os parametros não mudarem, pelo contrário :))

Também acho interessante, um estudo mais recente, que diz que sob o efeito da pílula, poderemos escolher o "homem errado".

Imagino os desastres amorosos a que as mulheres que tomam a pílula e sofrem de rinite alérgica (por exemplo) estão sujeitas.

Quanto aos blogs e parcerias, também achei engraçada a ideia da Rosa e fiquei à espera do desenrolar da sua explicação :)

Não escrevo com facilidade todos os dias, Camaradinha Rosa! :)

Tem dias em que as palavras saltam mais rápidas que os pensamentos e outros em que me enovelo, isso mesmo: enovelo, com o fiozito condutor todo embaraçadinho, sem saber por onde começar :)

Nesses dias, nem me atrevo a escrever. Deixá-lo (fio condutor) saltar e soltar-se por ele mesmo!

Mas concordo que consigo falar de sentmentos com uma relativa à vontade. Não os temo, há muito que gosto de conversar com eles e saber das cores e façanhas com que se vestem. E sim, respeito imenso as formas de estar dos outros, embora não consiga ficar indiferente. Acredito que há sempre formas agradáveis de mostrarmos o nosso desagrado.
Mas oh Zé, às vezes passo-me! :)

De santinha não tenho nada. :)


Pois é. É o meu aniversário :)

Era isso mesmo.

Bebeste o café?

Espero que sim :))

Arábica disse...

Então o nick que começou por existir como comentador vai desaparecer??



oooohhhhhh :(

ze disse...

Arábica, obrigadoo!!!!!!!!!!!!

Fiz tudo o que pude.
De olho muito aberto, não tanto mas quase tanto como tu.,
Mas ...incomada-me tanto ou mais do que me atrai,
tu

(continua)

ze disse...

claro que vai desaparecer.

nisso a Rosa foi premunitória.

Premunetistica?

ze disse...

eu sou o "perfecionista"...

detesto escrever, sabendo que só escrevo o que já li,

detesto-me
como cronista,
como memoria ambulante

ze disse...

sim,
um projecto a anti-só,
é algo que me pode salvar
desde que urja!
mais rápido que a luz,
mais rápido que eu!

(mais um intervalo)~(do que existe)

ze disse...

claro que te passas...

Penso que ) há razões par isso

amanhã vou procurar o mar
assim que acorde

e hei de voltar

agora

vou publicar tudo o que já escrevi
mal e porcamente
mas adiciono uma fotografia bonita
para compensar

ze disse...

afinal...nem isso

tenho que me dedicar é a alguma coisa que saiba fazer

até para a semana!!!!

ze disse...

eu sou um sentimental
sem remédio

ze disse...

o nick?
que começa por zé,
acaba só comigo,

Arábica disse...

Zé,

e não podes manter o blog ao mesmo tempo que te dedicas a outras actividades?

Um blog anti solidão?

Feito especificamente para esse efeito?

Não consigo imaginar o quanto se perspectiva que venha desse blog. Mas deve ser muito. E sendo tu, perfeccionista, ainda mais.

É muito peso para um blog.

Nao podes mantê-lo como outra coisa qualquer?

uma mesa de café onde se trocam pensamentos e sentimentos?

ze disse...

perfecionaista, dá sempre em menos
esse é o problema.

oxalá seja anti-tudo de mal, o que for precisando,
e oxalá eu vá percebendo como!

mas de seguro, só posso garantir que não haverá outro com o mesmo nome

(mais outro assunto de post, queimado)

Obrigado pelo teu comentário amigo!

Arábica disse...

Porquê queimados os assuntos, se apenas aparecem em esboço?

Isso é mais uma consequência do perfeccionismo?

A minha filha mais velha é também uma perfeccionista e observando-a também julgo que o problema é dar quase sempre em menos :). Aquando das suas primeiras cópias, lembro-me que arrancava a folha onde a cópia se apresentava perfeita, só porque no desenho do fim de página, aparecia um risco menos harmonioso.
Às vezes, à tercera tentativa, chorava. Eu sentava-a ao meu colo e pacientemente explicava-lhe que as letras estavam todas certinhas, nenhum erro ortográfico tinha ocorrido e que um raio solar demasiado comprido emendava-se fácilmente, acrescentando tamanho aos outros. Ainda hoje, ao vê-la arrumar a cozinha à noite, percebo nela o mesmo desejo de total harmonia. Não só a louça é posta a lavar, o chão varrido antes de passar a esfregona; as cadeiras têm que ficar na disposição correcta, as velas de baunilha têm que ser acesas, as cortinas têm que estar disciplinadamente a baterem certas junto ao vidro.

Por vezes não arruma a cozinha porque não tem tempo de fazer tudo aquilo.

É só um exemplo :)

Eu não acredito que um blog resolva um problema de solidão.

A solidão resolve-se por dentro de nós e lá fora, nas ruas da cidade, junto dos seres de carne e osso que interagem verbalmente connosco.

Talvez tenhas que procurar pessoas diferentes das que te rodeiam.

Mas, sem dúvida que um blog pode trazer-te algum tempo de gratificação, com a troca de comentários, partilha de pensamentos e sentimentos.
Pode distrair-te de algum pensamento que te entristeça e concentrar-te num determinado assunto. Não julgo que seja essencial escrever-se bem para ter um blog. Há várias formas de expressarmos as nossas ideias.
Até com uma foto. Concordas?

Também depende do que pretendemos com o mesmo. Se é dar a conhecer a nossa escrita na esperança de editar um livro, aí talvez seja essencial escrever muito bem e até de forma original :)

E já agora porque estiveste tantas horas a falar? Tarefa profissional? Não respondas se não quiseres. Sé estou a tentar perceber o mau humor, o humor impertinente dos teus comentários, lá.

ze disse...

O meu perfeccionismo não tem a ver com o ambiente que me rodeia, desde que esteja minimamente funcional, por mim tudo bem.
Se estiver na cozinha o que eu quero que fique bem é a comida, não é o chão nem a banca, nem os cortinados.
E cozinho, como noutras actividades, deixando-as desenrolarem-se sob os meus métodos deformados pelas actividades que mais fiz.
E não sou cozinheiro, sou arquitecto.

ze disse...

O meu sobrinho mas novo tem oito meses, ou quase isso.
Mais ou menos o tempo que eu não faço o que devia fazer- arquitectura.

De vez em quando aparecem-lhe umas manchas vermelhas nas pálpebras, na cara.
O pai dele, explicou-me esses sinais como decorrentes de uma alergia “a si próprio”.
Coisa lixada!

Eu, com a minha vertente (de mim) profissional ando com um problema do género.
Tenho que dar um passo e ando à meses a fugir de o fazer, o que cria um efeito de bola de neve que não contribui nada para a necessária auto-estima.
O que por sua vez só desajuda, ao espírito necessário ao tal passo.

ze disse...

Não quero publicar nenhum livro,
Nem acredito que aches isso, acredito antes que já me conheces o suficiente para o saber.

Mas por falar nisso, recordei-me agora que já o fiz, de uma certa maneira.
E a sensação apesar de inesperada e não planeada, até foi muito boa.
Deu direito a comemoração comigo mesmo e ajudou bastante a combater a tal auto- alergia.
À três anos atrás, vivia nos Açores (se estivesse lá agora já tinha dado o mergulho de mar que ontem escrevi e hoje não concretizei) e ao comprar uma das poucas revistas de arquitectura que lá chegam (é uma insularidade tesa, como eles dizem), fiquei a olhar para aqueles (alguns) desenhos e a pensar “fogo! fui eu que fiz isto”.
Em setembro passado, já em Coimbra, a mesma coisa, mas desta vez era um trabalho menos colectivo, digamos assim.
Até o meu texto, virgula por virgula lá estava escarrapachado.

Não tendo filhos, é o mais próximo que tenho disso.
Mais que os sobrinhos, apesar de eu gostar mais deles! :-)

ze disse...

“Talvez tenhas que procurar pessoas diferentes das que te rodeiam.”

Eu estou bem rodeado.
É o meu abrigo de sempre, “a humilde casinha” como a musica dos Xutos.
Toda a estrutura familiar, dá qual andei muito tempo afastado (de distancia física),
Falta um ambiente (grupo) de trabalho
E faltam as amizades que tive (algumas mantenho, mas estão longe) e faltam ainda mais as do futuro.
Saudades do futuro, como diz o Pessoa.
Porque ele tarda a chegar e eu não tenho feito nada por isso, antes pelo contrário.
Não vai cair da árvore como os frutos, nem do céu como a chuva.

Ontem estive muitas horas a falar, porque estava a precisar.
Um amigo que vive longe está perto porque está de férias e trouxe outro amigo também.
E eu foi sôfrego.
Falei português, falei castelhano, falei inglês e até palavras em árabe aprendi.
Bebi, dancei e vim para casa com vontade de falar mais ainda.
Fiquei com pena que tivesses entendido como “humor impertinente” os meus comentários.
Ontem só quis celebrar a amizade, mais nada!

Não sei se arrumei bem os meus pensamentos ou não,
Mas não foi por falta de tentar.

beijos

Arábica disse...

Só hoje te começo a ver delineado, vês como sou tão lenta?

O exemplo da cozinha que te dei, foi só para tu veres o que o prfeccionismo nos pode impedir de fazer e realizar!

Simultâneamente, apercebo-me que quiçá,essa tua característica fez de ti um bom arquitecto.

Aliada ao talento,à inteligência, à vontade de estudar e tudo o mais.

Digno de ser mencionado em revistas da especialidade!:)
Se celebraste sózinho ,hojebem pdemos voltar a celebrar, não? :) o café, de resto continua lá, e o sorriso, foi transplantado para aqui.

É uma obra, como um livro e um filho,e já tendo sido publicado, ganhou vida própria.

(sabia que não querias escrever um livro,, sim)

Arábica disse...

Porque afirmaste ser um bicho.


isso é bom humor? de certeza?

Arábica disse...

Alergia.


Há uns anos atrás, cada vez que me sentia infeliz ficava adoentada. Era uma bola de neve, porque não estava na minha mão resolver os problemas que me traziam infelicidade. Mesmo assim, não desisti e continuei a ser cliente da fnac, até perceber (não basta saber, ler, depois temos que esperar que os conceitos ganhem forma dentro de nós) o que poderia eu fazer para pôr termo a esse tipo de sugador de felicidade.

Tens que dar esse passo, seja ele qual for.

O que perdes com ele?

O que poderás ganhar com ele?

É o medo que te impede de o dar?

É alguma "coisa" -que tal como o medo- possa ser desconstruída?

Arábica disse...

Saudades do futuro.



Uma das ilusões que eu mantive durante muito tempo foi que o futuro ia ser melhor que o presente. Tudo de bom que eu não conseguia realizar no presente eu projectava no futuro. Até projectei pessoas dentro do meu futuro.

Era tão bom, tão intenso esse futuro, que também experimentei sentir saudades dele, de vez em quando.

Quando o presente era uma merda.

Uma das coisas que me levam a estar bem no hoje, é que deixei de ter ilusões quanto ao futuro.

E como imaginar que seria possivel lá estarem plantadas no futuro pessoas, se hoje não existem?
Não sei se me percebes.
Porque é que é mais provável existirem pessoas no futuro do que no presente?

Depois de desconstruir a ilusão-desistir dela- depois de deixar projectar pessoas no futuro, comecei a curtir melhor o presente. Curtir as pessoas possiveis, as situações possíveis e os momentos possiveis.

Isto é, todos os momentos do agora.

Nunca mais tive saudades do futuro.

Estou viva é agora.


Serei mesmo uma referência? :)

Arábica disse...

E vou continuar a arrumar.


:)

ze disse...

São filhos porque cresceram fisicamente, volumetricamente.
Enquanto papel (mesmo que em revista) nem embriões são, sei lá o que são, é algo abstracto. Pode ser comparado com um livro (porque tem uma linguagem) mas não com um filho.
É um filho paradito, é verdade, mas crescido, alto e gordo.
Uns mais que outros.

Mas ninguém se alimenta (em nenhum aspecto) do passado, não é assim?
Quanto às revistas, acredita que raramente me lembro disso.
Encontrei aquelas por acaso, até pode haver outras coisas noutras, não faço ideia.
Este espaço corporativo dos arquitectos, divide-se entre os que vêem a profissão como outra qualquer onde possam ganhar dinheiro. Empresários.
E os que moldam toda a sua vida (social também) para verem os seu trabalhos (e nome!) publicados em revistas. Egocêntricos e pseudo- tudo de mau. Há excepções!
E a verdade é que sempre fui desalinhado tanto de um grupo como do outro.
Se apareci marginal e pontualmente associado a um deles, já do dinheiro do outro nunca o cheirei. E faz falta, muitas vezes. E nem é para fazer o que nunca fiz, é mesmo para poder continuar a fazer o que sempre fiz.

ze disse...

Não sei porque o disse ali naquele instante (que sou um bicho)
(estava bêbado)

mas acho que sou, ás vezes.
Porque nessas alturas, sou exagerado, sôfrego de viver e sentir, animal.
Não sei se dá para perceber muito bem quando nem eu percebo bem!

Não é bicho mau! É cãosinho.

(estava bem humorado, não é como hoje)

ze disse...

Se estivesse numa empresa acompanhado nem que fosse só fisicamente e alguém me dissesse “tens que fazer isto, esta é a tua proxima tarefa”, eu faria tudo o que tenho que fazer (uma espécie de curriculum ilustrado com algum texto), numa semana a trabalhar sete ou oito horas por dia.
Mas estou marcado por alguns fracassos.
À cinco anos atrás voltei à cidade de origem, já com formação e prática da profissão suficiente para trabalhar sem a supervisão de outros (patrões).
E falhei.
Entre outras coisas porque não fui capaz de me auto-motivar, disciplinar, ambicionar.
Sozinho não consigo nada, ou pelo menos estou convencido disso, o que vai dar ao mesmo.

Medo também que ao concorrer para onde vou trabalhar a seguir (empresa e cidade), vou estar a definir uma boa parte da minha vida futura.
E essa responsabilidade pesa-me muito.

Sinto-me capaz (racionalmente) mas inconscientemente sinto-me incomplecto (de outro, de outros). Dá para perceber?

ze disse...

Se és referencia para umas pessoas e não para outras, é com elas, é independente de ti e da tua vontade. Nada a fazer.
Viveres satisfeita com o que se tem, com o presente.
Ver isso presente nos outros pode nos inspirar também a conseguir atingir-lo.

Em geral sou muito acomodado com o que tenho, mas também já recebi de volta o o violento retorno, resultado dessa falta de ambição.
Faltam-me coisas sem as quais não me sinto completo.
Amigos, trabalho e não só.
Não é não estar satisfeito com o que tenho, é não ter que é diferente.
Não dá para ir buscar ao supermercado.

Não é querer mudar de vida, essa decisão já foi tomada à mais de meio ano atrás, o problema do presente é como se não tivesse presente, estou num intervalo de um filme e nunca mais passo para a segunda parte.
Vim passar as férias de Agosto com a família como sempre fiz,mas o problema é que qualquer dia é Agosto outra vez.
A regra e a excepção estão no limbo da inversão!
Dá para perceber o que é que eu não gosto de mim, em mim?

E obrigado pela generosa atenção que me dedicaste, não só, mas muito especialmente hoje à tarde.
Que precisava muito.

Arábica disse...

Dá. Perfeitamente.


Não cosegues sentir a vertigem da aventura? Nessa partida, veres o inicio do inicio a que te propões?
E será assim tão distante dos que te são queridos? Não poderás ir e vir regularmente, mochila ás costas, ao fim de semana? Não consegues perspectivar novos conhecimentos (novos outros) nesse futuro próximo a que podemos dar o nome de amanhã?
Uma coisa é idealizar um futuro romântico. Outra coisa é percebermos que seja onde for e em que cicunstâncias for, conhecemos sempre outras pessoas. A nossa capacidade de amar, de fazer amigos não está subscrita a um raio de acção limitado.

Arábica disse...

Falhar.


fooogo. a pior parte.

faz-nos sentir uns absolutos anormais.

Percebo perfeitamente nesse contexto, o longo Agosto.

Por fim parece estares a acordar dele. Por fim dás o nome das coisas às coisas. As peças do puzle alinham-se.

Pronto. És tu (com falhançs e vitorias) e aconteceu.

Eras mais novo, não sabias o que hoje sabes.

Hoje sabes onde falhas-te, porque falhas-te e quando falhas-te.

Mas, "bicho mau" (ou deverei chamar-te cachorrinho lindo??? é para te fazer rir, nada mais) depois de interiorizada a lição convém pegares na esfregona, no pano do pó e arejares essa tua casa.

Sair e ir de novo à luta.

Ao trabalho, ao ritmo, ao mundo.

És demasiado novo para eremita.

E demasiado carente, também :))

Pegando ainda na tua explicação, cãosinho, cachorrinho, quer festa, carinho e brincadeira. Nada do bucolismo de Fernando Namora ou mesmo do meu, ali derretida a brincar com gatos e a ouvir os galos.

Faz-te ao vento, marinheiro.

Ou como diria a minha amiga Zizzie (ela usa o feminino) agranda-te nino!

Arábica disse...

Ambição.


Só nunca experimentei a desmedida.
A megalómana. Mas ambicionei voltar a Lisboa e voltei. Ambicionei reformar-me cedo e reformei-me. Ambicionei encher os meus dias e ainda que sem trabalho, até já chego atrasada ao cinema. Ambicionei ter amigos que me compreendessem e que estivessem dentro da minha onda e sinto tê-los. Ambicionei um candeeiro tipo marroquino e tenho-o.

Percebes? Não desisti das minhas "graças", dos meus balões de oxigénio (ainda sem tempo para voltar ao yoga, mas há-de ser em Abril).

Não desisto das minhas pequenas preciosidades.


Nunca tive a ambição de ser chefe, mas sempre quis saber todos os detalhes das tarefas que me davam e cumprir prazos.
Aliás dao-me algo para fazer e enquanto não fizer, não descanso.

Tens que acordar em ti a urgência.

(não sei poque escrevi este disparate nem sei se é possível fazê-lo) acordar a urgência???

Isto faz sentido?

ze disse...

Há um certo dejá vu.
Já passei por isto, durou mais de um ano, não me convenci de um momento para o outro que afinal não era o momento certo para trabalhar sozinho.
Por isso não concorri a empregos, caiu-me um do céu e fui viver a 1500 Kilometros de casa. Antes disso tinha vivido a 120 e a 170.
Voltei a desistir de um trabalho sem arrependimentos mas também sem ter antes novo poiso.
Ando a cometer os mesmos erros e isso é burrice.
E quando é nossa nem se quer inspira pena, só uma grande dor.

A pressão está do lado das minhas decisões que não decidirão nada de concreto, mas podem pôr de lado muitas outras.
O que escrever e como escrever, os trabalhos que irei selecionar ou não para me apresentar. A apresentação que é muito importante nestes casos. Os meios técnicos que tenho à minha disposição par o fazer.
Só aqui já há espaço para me perder em decisões ou indecisões.
Mas se há coisa que na minha profissão tenho que saber fazer é opções.
É a ansiedade e a insegurança típicas da véspera de um exame definidor de uma carreira.

ze disse...

E depois, para onde vou enviar as cartas?
Para os Arquitectos de renome? Será isso pretensioso da minha parte?
Será que nesses gabinetes as minhas tarefas me deixarão feliz?
Ou deverei antes ir para outros com qualidade mas ainda pouco conhecidos (até para eu descobrir a morada),mas onde poderei participar mais activamente no seu crescimento.
O que é bom. Em grupo já sou mais ambicioso. E sei que gosto porque já tive essa experiência. Mas onde estão eles? Como é que se chamam, onde vou saber? Quem me vai dizer?
Quais são os gabinetes onde as minhas características são mais necessárias?
Quais as moradas?
E Angola, onde aparentemente há mais probabilidades de arranjar trabalho?
Será melhor concorrer já ou vou deixar para uma segunda vaga de tentativas?
E o Dubai?
Deverei rejeitar em absoluto três anos de desterro, mas que me garantirão praticamente uma segurança financeira para o resto da vida (curta ou longa) e permitirão voltar a estudar que é o que mais quero?

Tanta coisa para pensar e decidir, não achas?
A minha actual inquietude, bem visível (para mim) ontem à noite, por exemplo.
E a minha (de)formação que me obriga a decidir e a antever constante e dolorosamente a cada minuto?
E nestas decisões não tenho tido a possibilidade de estar com aqueles 4 ou 5 amigos que me conhecem bem tanto profissional como pessoalmente.
E de repente quem me está a ouvir e ajudar és tu que me coheces ó por palavras e à dois ou três meses atrás.
(as borracheiras trazem ressacas e estas tazem pontos de interrogação e taquicardia
O que me diz a tua reconhecida (pelo menos por mim) sensatez?

ze disse...

Decisões tomada para cumprir a partir de amanhã:

-dar rodagem de estrada ao meu carro, talvez no sentido poente, do mar.

-retomar o hábito de nadar pelo menos três vezes por semana.
É lá que eu decido melhor. Na água.
o ideal seria no mar, mas a piscina é o que se arranja!

Arábica disse...

Zé, onde estão esses teus amigos com os quais já deverias ter falado?

Arábica disse...

Well, well, well :)


Boas decisões para amanhã :)

Com sorte retiras esta foto que parece tirada no wc e ofereces-nos uma de mar :)

As portas da minha casa são iguais a essa.

ze disse...

esses amigos, ficaram onde estavam quando eu mudei.
têm as suas vidas,com trabalho, esposas, filhos e outros amigos próximos.
Ás vezes desloco-me até eles, abrem-me a porta e convidam-me para sentar no sofá da sala.
perguntam-me o que ando a fazer, dizem-me que está mal, que não devia ter feito isto e que devia ter feito aquilo, dizem que tá muito mal de trabalho, talvez até me sugiram que vá para Angola para depois comprar um carro melhor.

Eu digo "amigos" porque crescemos juntos (alguns) dos vinte aos trinta.
Sabemos de tudo uns dos outros, adoro as suas filhas, dou-me bem com as suas mulheres e conheço os irmãos e os pais.

Mas, os relacionamentos esbateram-se muito.
Não conto com eles (habituei-me a isso)
Não lhes peço nada, nem sequer um pouco de atenção ou de tempo.

Tenho o meu passado e faço os possíveis para não viver amargurado por causa dele.
:)
um sorriso, mas não tou nada com boa cara hoje!

Achas que devo tirar a foto de w.c.?
tá bem
a do mar vou ver o que se arranja,
mas qual é o objectivo?
olhar para o mar só me dá vontade de entrar nele.
e também recordações do passado recente (Açores) que são boas, mas algo me tem dito "don't look back".
Ou será que devia?
Hoje ponho tudo em causa?

ze disse...

que foto vou escolher e porquê, uma vez que não há post?

uma nocturna com a lua em movimento?

uma que inspira mudança (movimento) em absoluta serenidade?

a minha vista diária ao chegar a casa depois do trabalho, com o meu vizinho galo no seu poleiro?

vou pôr as três para escolha e depois tiro duas

Anónimo disse...

rabiscos, rabiscos!

Arábica disse...

Entre abril/novembro 2007, pus tudo em causa na minha vida.

Começou em Barcelona, vá-se lá saber porquê. Ou talvez eu saiba.
Como é que uma viagem aparentemente de lazer de repente nos faz pôr tudo em causa?


Se não tivesse posto tudo em causa ainda hoje não estaria bem. Depois de Novembro, olhei muito para trás. Fogo, doía que se fartava.

Parecia que tinha um torcicolo que ao mais pequeno movimento me fazia sofrer.

Se não tivesse teimado em olhar para trás, ainda hoje, não estaria bem.

As recordaçoes boas misturavam-se com as recordações más, as escolhas feitas no passado punham-me a língua de fora, atrevidas e de memória acesa.

Se eu não tivesse digerido essa sensação de fracasso, de ter falhado redondamente nos meus critérios de avaliação, também acho que hoje não me sentiria tão livre.


Há anos que não bebo demais.
Já nem me lembro bem como foi ressacar. Mas parece que o fim de ano de 2001 foi regado a champagne e que eu passei a noite a desejar feliz ano novo a todos os estranhos com quem cruzei. Isso e a olhar para o céu, numa prece muda. No dia seguinte, depois de uma directa, a meio do almoço, ao qual a minha mãe também estava presente, pedi licença levantei-me e entrei oficialmente em ressaca. Depois, de tarde, adormeci aninnhada numa cadeira de cinema enquanto "via" pela 2ª vez o Fabuloso destino de Amelie Poulain...

Não me lembro se tive taquicárdia.
Acho que nao. Talvez a taquicárdia tivesse sido interrompida pela ressaca :)

ze disse...

Premunistica,

conseguiste-me fazer rir pela primeira vez hoje desde que acordei.

fica prometido,
pode ser que o blogue me ajude também a fazer o portfólio.
Isso é que era uma maravilha!

amanhã estreio o scanner, vamos ver se não me atrapalho,
e vou-me pôr a procurar desenhos, que eu não deito nada fora mas também não sei onde é que andam

se encontrar os meu desenhos mais antigos supostamente guardados começo já por esses que são os meus primeiros e últimos auto-retratos.

A minha mãe tinha-os no cofre misturados com libras de ouro!
(os ladrões que não venham, que as libras de ouro já andaram, se calhar os desenhos também)

Se não andaram,
vêm render a guarda das fotos de wc.
Que eu quero saber se sou giro ou não sou(nem que seja com dez anos de idade),

e não faças muito candomblé, ou magia negra e afins

;)

ze disse...

e mais uma coisa,

senhores e senhoras visitas,

finalmente temos uma caixinha de comentários novinha em folha

façam o favor de a escrevinhar

Arábica disse...

Na ausência de conhecimentos para te enviar para o Dubai ou te remeter para Angola (trabalhar para comprar um carro novo?), apenas sei que não perdes nada em enviar "cartas" para todos os gabinetes e países onde te sintas inspirado a trabalhar. Pelas razões certas (para ti, as tuas razões certas que decerto serão diferentes das razões certas dos outros). Porque em questão de trabalho o desafio faz-nos sempre ir mais longe, no saber, no aperfeiçoar mesmo das situações corriqueiras, julgo que talvez o dinheiro não deva vir em primeirissimo lugar e como ambição suprema.
Tem que ser algo que te desperte, te inspire, te excite, te faça acordar a tal urgência e que por isso mesmo, te faça esquecer os medos nascidos em teias de aranha nos ultimos meses.


Sou (fui?) uma loba solitária em questões de trabalho. Os timmings dos outros desesperavam-me, sem que com isso perdesse o sorriso (não estou a falar dos últimos 5 anos). Fazia (quase) tudo sozinha.
Não gosto de pedir, não gosto de ficar dependente, não gosto de ficar pendurada nem de ver papeis pendurados :)

Na mudança para esta casa, continuei no formato de loba solitária incapaz de ver os caixotes em fila de espera.

Os amigos com quem crescemos, muitas vezes crescem (depois disso) para "sítios" diferentes dos nossos.

Um sofá é um sitio bom.

A empatia também.

ze disse...

Arábica,

perdoa-me não te responder já mas,
hoje ainda não comi rigorosamente nada, o que também é de gajo burro!

e dormi pouco e mal,

amanhã respondo-te muito melhor e já com um sorriso nos lábios!

uma boa noite

Arábica disse...

Vinha dizer-te exactamente até amanhã.


As melhoras :)